Até que chegou os jogos do Rio de Janeiro...
A Olimpíada em nossa casa. A pressão por ganhar no nosso quintal, lógico, era existente. Um time com jogadores talentosos, apesar do nosso futebol andar mal das pernas internacionalmente desde 2014. O jogo de preparação deixou boa impressão, mas parecia que ia dar errado outra vez... empates inexpressivos contra África do Sul e Iraque, acreditem. O público não perdoou: vaias, críticas pesadas - incluvise do escriba. Contra a Dinamarca era vencer, vencer ou morrer. Venceu. E convenceu. Só que, dali em diante, ninguém esperava um poder de reação tão impressionante, tão inacreditável, tão improvável. Uma vitória dura contra uma Colômbia que bateu e reclamou demais. Veio Honduras, um jogo que era pra ser difícil... difícil? precisou de quatorze segundos para quebrar este rótulo. E a bola foi pra rede de novo, e de novo, e de novo... chocolate, 6-0. Faltava um passo. Só 1. E quem viria pela frente? a Alemanha, logo ela. Evidentemente que, seria uma história totalmente diferente daquele fatídico 7 a 1. Um Maracanã tomado por um mar verde-amarelo apoiou, gritou, vaiou. O Brasil abriu o marcador numa linda cobrança de falta do principal jogador do time, Neymar. Parecia ser uma partida tranquila, com a seleção indo pra cima, parecia... não lembrávamos que do outro lado tinha uma Alemanha forte, e numa desatenção da zaga, o empate foi inevitável. Daí em diante, a partida se transformou num teste fortíssimo para quem é cardíaco. Noventa, mais trinta... e os pênaltis, a hora em que o coração vai a mil. Não mais que de repente, surge um herói vindo do Acre e que veste rubro negro no Paraná. Weverton. O mesmo que dez anos antes foi substituído no fim de uma partida da Copa São Paulo de juniores, quando atuava no Corinthians, porque não tinha bom aproveitamento em pênaltis. Coube a ele defender a cobrança de Peterson e abrir o caminho do ouro, e coube a Neymar concretizar o sonho que naquele instante tornou-se realidade. A seleção brasileira enfim encontrou o caminho do ouro.

Foi impossível não se emocionar ao ouvir o nosso hino depois de uma final de futebol olímpico.
(por Carlos Alberto)
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