(por Fernanda Jardim)
28 vezes. Pelo Corinthians, com muito amor, até o fim.
Respeita, que aqui tem camisa. Respeita, que mesmo meu time estando desacreditado, no fundo do poço, como alguns definiram, a camisa pesa. Quanto mais desdenham, quanto mais nos batem, nós ficamos mais fortes. Sempre foi e sempre será assim. Sabem por quê? Porque o Corinthians é do povo. Daquele advogado de classe média que tem grana para ir ao estádio àquele autônomo que ganha um salário mínimo por mês e vê o jogo no bar com os amigos, o Corinthians é de todos nós, acolhedor em suas origens.

É difícil analisar tecnicamente os 90 minutos que têm muitos mais do que um título em jogo, tem história em jogo. ‘’Ah, é só um Paulista’’, eles dizem. São os 40 anos do fim de um dos nossos maiores sofrimentos, é o centésimo jogo da Arena, é acabar de vez com o fantasma de ‘’Arena maldita’’ (Maldita onde, gente? O Corinthians foi hexa lá). E não importa para nós se os rivais menosprezam, o que importa para nós é celebrar o Corinthians e todas as coisas boas que ele nos traz. E não falo só de títulos, falo dos manos, dos amigos que a gente faz no estádio. Mas já que para alguns rivais é tão importante assim ficar diminuindo nosso título, aqui vai algo de muito significado para você: É nosso 28° e você, seja qual rival for, está longe de ameaçar nossa supremacia.

Como vi muitos manos comentarem, foi o título mais Corinthians dos últimos tempos. Na raça, na vontade, superando nossas próprias limitações, superando a descrença de muita gente. Mas nada disso importou para eles, porque eles têm a nós e é só disso que precisavam. Nós que empurramos, nós que sofremos, nos alegramos, choramos e nunca deixamos de acreditar, mesmo depois de momentos difíceis, como a dolorosa eliminação para o Inter, a qual perdemos para nós mesmos, com todo respeito ao adversário. Mas hoje não é dia disso, de lamentações. É dia de ir trabalhar sorrindo, com a camisa do Corinthians, de ver aquele desconhecido na rua e gritar ‘’Vai, Corinthians’’, dia de continuar se emocionando, porque mesmo com todos os problemas do cotidiano, só o fato de ser Corinthians já nos faz feliz. Não só hoje, mas todo dia.
Obrigada, São Jorge, por não abandonar seu povo guerreiro, por alimentar a chama da fé alvinegra, da fé que nos move e nos faz ter cada vez mais certeza que nós não escolhemos o Corinthians, nós já nascemos, foi o destino quem escolheu. Pode ser clichê, mas é verdade, por que o Corinthians, apesar de ser de todos nós, não é para qualquer um.
Obrigada, pé de anjo.
Obrigada, pé de Angel (nunca critiquei).
Pelo Corinthians, com muito amor, até o fim.
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