Salve salve, nação rubro-negra!

O atento leitor do Morada deve sacar que não escrevo muito sobre o Flamengo, ainda mais fazer análise jogo a jogo, isso por falta de tempo, porém, a redação deste blog é dividida entre flamenguistas e corinthianos, e já que ontem teve jogo entre ambos, fui meio que forçado a escrever sobre a partida. Dito isso, vamos nessa. Meu amigo, que jogo foi esse? O Flamengo entrou em campo duas vezes nesse domingo. O do primeiro tempo com grande atuação, o do segundo com atuação vexatória. Dominamos completamente o jogo em um tempo e meio, dando pouco espaço para o adversário, criando boas oportunidades, botando bola na trave e tudo mais. Pois é... veio o segundo tempo e o Fla entrou totalmente irreconhecível, criou apenas UMA oportunidade em 15 minutos, e só foi sofrer o primeiro gol que o psicológico desceu ladeira abaixo, e aí veio o segundo, o terceiro e o quarto. Isto posto, vamos ao detalhe por detalhe.

Um primeiro tempo em que o Flamengo jogou muito mais. O Corinthians começou disposto a abrir o marcador, é verdade, mas o rubro-negro não deu espaço para o alvinegro, que ao descer ao ataque era sempre em nítida lentidão. O Flamengo foi mais perigoso. Passados 10 minutos, o Mais Querido passou a concentrar seu jogo no campo de ataque e deu trabalho para Cássio, o primeiro bom ataque foi um chute de Rafael Vaz com defesa do Cássio. No rebote, Cirino - em impedimento - também tentou, mas o goleiro salvou outra vez. Com 31 minutos, Guerrero toca para Éderson acertar a trave e depois Alan Patrick mandar para fora. Tudo ia muito bem até que uma falta criminosa de Fágner em Éderson foi solenemente ignorada pelo árbitro da partida. O técnico Zé Ricardo foi expulso pela reclamação e coube a Jayme de Almeida comandar a equipe, ato contínuo veio o pensamento "isso não vai dar certo". E foi o que aconteceu... apesar de feito uma bom ataque numa tabela Arão-Guerrero, veio o primeiro gol deles: Romero, depois da cobrança de escanteio, a bola bate nas costas de Jorge e sobra no paraguaio. Daí em diante o psicológico da equipe foi lá pro espaço e o famoso apagão se fez presente. As consequências: Guilherme marcou o segundo, Rildo o terceiro e Romero outra vez deu números finais ao jogo. Enfim, um segundo tempo esquecível.

Analisando jogador por jogador, o melhor em campo outra vez foi o Muralha, pois evitou um estrago ainda pior. O Guerrero... pois bem, completamente apagado e perdendo todas para o Bruno Henrique - tomando até chapéu. Jorge não esteve num dia feliz. A mula do Cirino teve a atuação de sempre: corre, corre, corre e nada produz. Éderson teve boa atuação. O restante foi seguro no primeiro tempo e caiu de produção no segundo. Porém, a figura central da partida foi ele, Héber Roberto Lopes. Além de não dar dois pênaltis - um para cada lado - simplesmente ignorou a tesourada do Fágner no Éderson, e expulsou o técnico por uma justa reclamação. Que o Héber é um árbitro horrível e sempre prejudica todos os times - não só o Flamengo - todos nós sabemos. Se for relatar todos os erros dele facilmente dava pra montar uma lista telefônica. Mas enfim, trapalhadas da arbitragem a parte, o Flamengo vem mostrando evolução com o Zé Ricardo. O elenco é limitado? É. Mesmo assim o time tem jogado bem. Acidente de percurso é normal, mas até aqui o Zé vem fazendo um ótimo trabalho - e tem gente que o culpou pela derrota, pelo amor de Deus, né? Infelizmente não vai comandar o time contra o Atlético - sim, no Brasil treinador cumpre suspensão automática - mas não tem deixado a desejar. Por outro lado, saber que o Jayme irá comandar semana que vem a tensão fica enorme. Mas nada de desânimo, é levantar a cabeça, esperar a poeira abaixar e dar a volta por cima.

Muita calma nessa hora, e deixa o Zé trabalhar.

SRN!