Neide, ah Neide...
Neide Aparecida, ou simplesmente Neidoca ou até Neide Apariçuda. Precisei de um tempinho pra escrever sublimes palavras de amor, carinho e afeto. Prometo não ser longo, apesar de sua história ser. Sem mais adendos, iremos começar: Lembra quando você chegou ao Arouche? Com aquela cara meio estranha, carregando um buquê de arruda soltando que o clima estava pesado ali enquanto era recepcionada por aquela bronca da patroa e por aquela cantada furada do porteiro. E em tão pouco tempo nos identificaríamos com seu jeitão desajeitado, pedindo perdão por este pleonasmo tão cafona. A gente sentiu pena quando descobriu que seu locutor de rádio favorito iria casar. Quem não se identificou? E quem não queria dar um consolo? Também não seguramos aquela risada quando cantaste que "não aguentava ser doméstica" ou que queria ver o "tico-tico" do Vavá. Foram tantos momentos em que nos divertíamos contigo...

Ah Neidoca... esse povo te amou muito, e vai amar pra sempre. Não menos quanto a atriz que te gerou, te deu vida, forma, rebolado e loucura. A filha de Dona Palmira que a colocou no balé, nos melhores colégios, que fez de um tudo, mas terminou seminua num programa cômico servindo cafezinho. Mas nós sabemos que valeu muito a pena. Nos divertimos juntos durante sua estadia no Largo do Arouche, mas você foi embora pra fazer faxina no andar de cima, além de fazer companhia pro Ataíde, deixando o nosso riso um pouco mais triste. Partiu tão precoce, tão jovem, sem tempo de dizer um adeus digno.

Essa cartinha acabou, mas o fim tava fraco e mandaram fazer isso aqui. Marcia Cabrita e Neide Aparecida, estejam em paz. E só tenho mais uma coisa a dizer: assim como no seu último dia de expediente no Arouche, vamos morrer de saudade.
Com carinho.
Vídeo em homenagem a Márcia Cabrita.#MárciaCabritaDay pic.twitter.com/Atm22HVhDG— Sai de Baixo (@saidebaixo) 10 de novembro de 2017
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