Depois do desfile sobre a roda render o décimo terceiro lugar, a tradicional escola do Campinho resolveu apostar num enredo popular: a cerveja. O samba, bem, não há muito o que se comentar. Reproduzo aqui um trecho da análise feita pelo Cláudio Carvalho para o site Sambario: "Sabe aquele samba que você compõe para o seu bloco desfilar na véspera do carnaval, já meio doidão e cheio de gente à sua volta dando palpite? Pois é, esse parece ter sido feito nessas condições.". O desfile, já na manhã de terça-feira, foi outra coisa deplorável, sendo a pá de cal para o rebaixamento. Ou, como resumiu Fred Sabino na ótima série "Histórias do Sambódromo": uma cerveja que não desceu direito.
Bem... vamos recordar?
TRADIÇÃO 1996 - "Do Barril ao Brasil"
Compositores: Moisés Santiago e Luizinho Professor
Intérprete: Edimilton di Bem
Eu vou deixar rolarBebemorar nesta folia
Na onda de Dom João
Que trouxe na embarcação toda alegria
Mas por aqui o índio bebia seu cauim
O negro no engenho preparava
Da cana-de-açúcar à cachaça
Na evolução e indústria surgiu
Fez chopp em garrafa, tirou do barril
Bebida que a massa tão logo aderiu, ô
E hoje é a preferida do Brasil
Bota o copo, eu tomo um copo, meu amor!
Da pretinha, da lourinha, vem que eu vô!
Mais um copo eu bebo logo, eu tô que tô! ô
Da ruiva também quero, sim sinhô!
No vira-vira eu vou
Apostar pra não perder
No cabelo da menina
Também uma simpatia pro leite do bebê
Bem geladinha, cerveja em qualquer lugar
Faz bem pra comemorar num fim de semana
Tem sempre a saideira
Na praia ou no futebol
Lá vem minha companheira
É Carnaval! Eu vou! Eu vou! Eu vou!
Vou festejar, curtir, sacudir! Sacudir!
Sou Tradição, sou raça
Numa cerva bem gelada, na Sapucaí
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