Era domingo, 8 de agosto de 2004, noite do Dia dos Pais, por volta das 22h30, o samba perdia uma das vozes mais empolgantes e alegres da Sapucaí. O intérprete Jackson Martins, de 32 anos, é covardemente assassinado, na frente da esposa Adriana e de seus dois filhos, Jaderson, na época com 10 anos, e Naderson, com 8.
Jackson foi assassinado quando atravessava a melhor fase de sua carreira, que começou aos 14 anos, tocando cavaquinho ao lado de Neguinho da Beija-Flor. Ele foi morto com dois tiros na nuca, quando dirigia seu Fiat Uno na Rodovia Washington Luís, a 500 metros do Restaurante Rei do Bacalhau, em Duque de Caxias, onde se apresentava com o recém-criado Grupo Puxadores do Samba, nas noites de domingo
Em sua despedida, mais de 3 mil pessoas lotaram o Cemitério da Solidão, em Belford Roxo, onde foi sepultado o corpo do cantor, que chegou ao local num caminhão do Corpo de Bombeiros. Sambistas de várias escolas e políticos da Baixada e do Rio fizeram questão de prestar a última homenagem ao intérprete da Caprichosos, que foi velado na quadra do Clube Fórmula Bel, por onde passaram centenas de pessoas durante todo o dia.
E se passaram 11 anos... infelizmente o crime que calou uma das vozes mais lindas do carnaval do Rio de Janeiro ainda está sem solução e os criminosos impunes, várias teses se cogitaram mas nenhuma foi suficiente para esclarecer o crime. Jackson, nós amantes do samba ficamos órfãos de seu talento, que a sua alegria seja sempre eterna em todos os corações!
Citando a faixa 12 do cd com os sambas-enredo de 2002: CHEGOU CAPRICHOSOS! CHEGOU CAPRICHOSOS! VEM NO BATUQUE MEU POVO! A SAUDADE É MUITO GRANDE JACKSON MARTINS!
FONTE: Galeria do Samba (Coluna Sambadeando)
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