Sambas Aleatórios da Segunda: As Três Rendeiras do Universo

Caros leitores, após um hiato forçado de duas semanas, a SASEG está de volta relembrando "do nada" os sambas que ficaram perdidos no tempo e mesmo bons, ótimos ou nem tanto, não são tão lembrados. Após relembrar a Fança Antártida da Rocinha em 2000, os calçados da Estácio em 1999 e o cartunista Lan com a Renascer em 2014, chegou o momento de reviver "As Três Rendeiras do Universo", samba-enredo que a Estação Primeira de Mangueira levou para a avenida lá pelas bandas de 1991.

Resultado de imagem para Mangueira 1991Após a carruagem mangueirense virar abóbora no desfile passado, com o estouro de tempo ocasionado pelo embolamento das duas últimas alegorias, a verde e rosa apostou num enredo que se baseava numa lenda sobre a criação do mundo em que a Renda de Luz, Renda de Água e Renda da Terra teciam os elementos da natureza. Para o leitor, a explicação rendeu? Creio que não. Trocadilhos a parte, seguimos o texto... apesar de ser composto pelos lendários compositores da verde e rosa Hélio Turco, Jurandir e Alvinho, o samba não era nada de excepcional, pelo contrário. Há de se destacar o brilhantismo de mestre Jamelão (que ameaçou deixar a Mangueira em 1990 após brigar com a diretoria) no registro para o CD/LP, a ponto de berrar um "Caaaaaaaaaaaanta Mangueeeeeeeeeeeeeiraaaaaaa" com aquela vontade e o mini-show da bateria no fim. O desfile, bem, é muito esquecível. Uma das piores apresentações da história da verde e rosa resultou num 12° lugar, pior colocação da Velha Manga até hoje, escapando de um rebaixamento por 3,5...

Bem, vamos recordar, ao menos o samba?

MANGUEIRA 1991 - "As Três Rendeiras do Universo"

Compositores: Hélio Turco, Jurandir e Alvinho

Intérprete: Jamelão


Quando... O mundo era uma criança
O Divino um dia enviou
A luz de uma esperança
Então surgiram
As três rendeiras do universo
Que vêm brilhar
Ma sutileza dos meus versos
Um romance entre o sol e a lua nasceu
Um romance que o homem jamais entendeu
No céu a estrela guia apareceu

Renda de luz
Que faz sonhar
Uniu a terra, o sol e o mar
Tão bonito é minha escola desfilar

Vem amor
Vem um novo alvorecer
Vem amor
Quanta alegria de viver
Uma roda enfeita o jardim
A maldade já chegou ao fim
E nas rendas de prata do mar
Surge uma sereia a cantar

Ô rendeira
A jangada não voltou
Passa o tempo, passa a vida
Só não passa o seu amor


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