O Brasil presenciou pela TV, jornais e internet na última quarta-feira a prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) líder do governo na casa, acusado de atrapalhar apurações da operação Lava-Jato – com ele, também foram presos o banqueiros André Esteves e Diogo Ferreira. Pela primeira vez desde a redemocratização do país, em 1985, que um senador é preso em pleno exercício do mandato. Na mesma noite, o senado decidiu, por 59 votos favoráveis, 17 contra e 1 abstenção, pela manutenção da prisão do mandatário.
Parando pra pensar e analisando friamente as acusações, vem a tona a total indignação do povo brasileiro – exceto os petistas, que lutam incansavelmente pela sua soltura – com a tremenda cara de pau do nobre senador. Mas essa cara de pau (que não é novidade) chegou ao nível do profundo absurdo. Veja bem: para que Nestor Ceveró não fechasse acordo de delação premiada, o nobre senador ofereceu R$ 50 mil ao ex-diretor da Petrobras, além de garantir (pasmem!) outros R$ 4 milhões.
Acabou? Pior que não. Aliás, só tá começando...
No meio desse mar de grana tinha um esquema. Qual? A fuga de Ceveró para a Espanha via Paraguai, esquema esse revelado através de gravações escondidas feitas pelo filho do ex-diretor, onde o petista estava envolvido. Vem na cabeça aquela famosa pergunta: onde a zorra vai parar?
No Brasil que vivemos hoje, de tanta picaretagem, tanta sujeira, tanta corrupção, tanta mentira, tanta desonestidade, onde a constituição não é respeitada, essa prisão não me surpreende. Porque? A resposta é simples: trata-se de um retrato do partido que nos governa há 13 anos, de uma cúpula imunda que tenta a qualquer preço esconder a sujeira para debaixo do tapete e que conseguia – pelo menos até a alguns anos – fazer com que os casos terminassem em pizza, mas o feitiço virou contra o feiticeiro. Quanto ao nobre político disfarçado de ladrão Delcídio, independente de qual partido pertencesse, desrespeitou ao seu país e seus eleitores, que imagino estarem arrependidos de lhe confiar o voto, felizmente o senado não dobrou os joelhos para a impunidade e manteve a prisão, mas de uma coisa tenho absoluta certeza: se o nobre senador Delcídio fizer delação premiada, o Planalto vai tremer.
Certa vez, o gênio Cazuza compôs os seguintes versos: "Grande pátria dos importantes, em nenhum instante eu vou te trair" mas será que nossos políticos estão levando a frase ao pé da letra?
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