Em Geral: Panorama Eleitoral 2016 - O que pode acontecer em terras fluminenses

(por Carlos Alberto)

Resultado de imagem para eleição 2016Faltam dez dias para a velha e famosa "festa da democracia", ou seja, o primeiro turno das eleições municipais. Com as campanhas chegando a reta derradeira, aqui faremos uma análise do que poderá acontecer na hora do voto, dando enfoque para as cinco principais municípios da região metropolitana do estado cujo horário eleitoral é exibido na TV. É sempre bom lembrar que este é o primeiro pleito sob vigência da minireforma eleitoral, sancionada há 1 ano, onde se reduziu tempo de campanha, horário eleitoral e gastos. Li poucos programas de governo - ainda que, de apenas três cidades - e, portanto, aqui vai uma opinião do que deu pra ver no Horário Eleitoral dos municípios abaixo. Sim, assisto todos. Explico: no Rio de Janeiro não há concessão geradora, por isso, as emissoras exibem os HEGs das cidades acima de 200 mil habitantes - conferir relação aqui. Isto posto, vamos ao ponto.


RIO DE JANEIRO

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Briga seriamente com 2008 como eleição mais disputada da história. Segundo a última pesquisa divulgada pelo Ibope, CINCO candidatos tem chances de beliscar a vaga no segundo turno... ou pra ser mais preciso, a segunda vaga, já que a primeira está quase certa que será de Marcelo Crivella (PRB) que lidera com uma certa folga. Dos quatro, dois são de esquerda: Marcelo Freixo (PSOL) e Jandira Feghali (PCdoB) e os outros dois, Pedro Paulo (PMDB) e Índio da Costa (PSD) são de partidos de centro-direita. Com chances bem remotas estão Flavio Bolsonaro (PSC), Osório (PSDB) e Alessandro Molon (REDE). A simpática Carmen Migueles (NOVO) e o velho conhecido Cyro Garcia (PSTU) devem brigar pelo 9° lugar, embora que não devam ultrapassar o 1%. A quase esquecida Thelma Bastos (PCO) provavelmente ficará em último. Tal qual os torcedores do Flamengo estão comparando 2016 com 2009 para chegar ao hepta, aqui vão algumas comparações do pleito de 2008 para o atual: Jandira, Crivella e Molon são candidatos como naquele ano. E o PSC lançou candidatura se coligando com o... PRP. Para a cidade maravilhosa o panorama será esse, apesar de que já tivemos viradas inesperadas no apagar das luzes...



NITERÓI

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Na cidade-sorriso a situação está um tanto que definida. O atual mandatário, Rodrigo Neves, mesmo com suas trocas - de partido (do PT pelo PV) e de vice (Axel Grael por Comte Bittencourt) - está com a reeleição praticamente encaminhada. Com folga, aliás. Ajudado pelo bom governo que fez - apesar de muitos e escancarados erros - não deverá ter sustos na hora do voto, até porque tem apenas três oponentes, o que é muito pouco pro porte que tem Niterói. A disputa pelo segundo lugar entre Felipe Peixoto (ex-PDT e autal PSB) e o deputado estadual Flavio Serafini (PSOL) promete ser interessante. A única mulher no pleito, Dani Bórnia (PSTU) deve garantir - ao menos no meu conhecimento - a maior votação da história do partido em uma eleição majoritária no estado. Probabilidade de segundo turno ao meu ver é bem pequena.



SÃO GONÇALO



Disparadamente a eleição mais acirrada da história da cidade. A começar pelo número astronômico de candidatos - nove - ocasionado pelos rachas na base e por vereadores que avejam o sonho de ocupar a prefeitura. É o caso de Diego São Paio (REDE), Dejorge Patrício (PRB) e Marlos Costa (PSB). Mas em São Gonçalo como pouca surpresa é bobagem, tem até candidato "de fora" da cidade: no caso, o ex-deputado Brizola Neto (PDT) que faz questão de ter ao lado a ex-prefeita Aparecida Panisset. Ainda no páreo temos o ex-secretário Dilson Drummond (PSDB), o deputado estadual e líder das pesquisas até o momento que escrevo José Luiz Nanci (PPS). Pelo visto, o atual prefeito Neílton Mulim (PR) já percebeu que terá que remar muito para conseguir a reeleição. Começou do modo equivocado, aliás. Logo no primeiro programa eleitoral, o moço acusou a câmara de vereadores de rejeitar a redução da passagem de ônibus para 1,50 - principal promessa da campanha que o elegeu - como presente, perdeu espaço no rádio e TV devido ao direito de resposta concedido a Marlos, Diego e aos vereadores Alexandre Gomes e Marco Rodrigues. Como eleitor da cidade, apostaria num segundo turno que é quase certo, mas não dá pra dizer quem estará lá. Resta aguardar.

DUQUE DE CAXIAS


Sabe aquele jargão político onde os velhos nomes são taxados como "mais do mesmo"? Então, é o caso de Caxias. Há uma forte possibilidade de um segundo turno reunindo dois grandes caciques da política caixense: o ex-prefeito e deputado federal Washington Reis (PMDB) e o também ex-prefeito e deputado estadual José Camilo Zito (PP). Este grande evento - se o leitor me entenda - se deve graças ao atual prefeito, Alexandre Cardoso, ter desistido de tentar a reeleição. O gran evento, entretanto, está ameaçado, já que o candidato Aureo (SD) vem numa crescente que pode tirar Zito do páreo. Dica (PTN) também tem chances de chegar, ainda que reduzidas. Professor Gutemberg (REDE), Zé Claudio (PSOL), Florinda Lombardi (PSTU) e Samuel Maia (PCO) evidentemente não tem chances matemáticas de chegar ao segundo turno. Só para não passar batido: horas antes do texto ser concluído, o SBT (emissora que gera a propaganda caxiense) promoveu debate entre os principais candidatos, onde houveram poucas propostas e muitas acusações. No mais, apesar do eleitor não ter pra onde correr, o pleito de Caxias promete emoção até o fim.

NOVA IGUAÇU

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Caso bem parecido com Niterói. Segundo a recente pesquisa divulgada pelo IBPS (imagem acima) o atual prefeito Nelson Bornier (PMDB) tem uma longa vantagem para o segundo colocado, Rogério Lisboa (PR), e pelos votos válidos, seria reeleito em primeiro turno. Porém, algo me diz que a possibilidade de segundo turno entre Bornier e Rogério é considerável. Os outros principais candidatos - Rosângela Gomes (PRB), Delegado Carlos Augusto (PSDB) - estão praticamente fora do páreo, se não acontecer surpresas. Fernandinho Muguet (PTdoB), Professora Leci (PSOL) e Adriano Dias (REDE) são cartas fora do baralho. Consta que Nova Iguaçu tem muitos problemas em diversas áreas e o prefeito mora na Barra da Tijuca. Pelo visto, parece que a população iguaçuana não vê tanto problema assim na cidade...

Por hora, é só. Que fique claro para o leitor que se tem respeito por todos os candidatos e é uma análise de cunho opinativo, até porque o editor não tem bola de cristal para prever quem vai ser eleito. Vamos esperar o primeiro domingo de outubro para saber o que o realejo das urnas diz para o destino as cidades tomarão pelos próximos quatro anos. E que o leitor possa fazer a melhor escolha para sua cidade.

A respeito dos programas de governo, quem quiser acessá-los, além da situação das candidaturas, recomendo o sistema DivulgaCand disponível no site do TSE.

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