Em Geral: Os limites da renovação

Resultado de imagem para O jornalismo
(por Carlos Alberto)

Jornalismo. Profissão que amo e que escolhi pra seguir. O seu conceito diz claramente que "o principal objetivo é dar informação ao povo. O jornalista é aquele que exerce essa profissão através de diversos meios de comunicação: imprensa, rádio e televisão", o mesmo conceito que diz um pouco a frente que "Para exercer sua profissão com eficiência, o jornalista se especializa em alguma área específica". É de profundo conhecimento que atualmente o jornalismo anda mal das pernas, tanto na esportiva (onde pretendo seguir) como nas demais vertentes e recentemente uma polêmica levantou um debate sobre o futuro desta área. O SBT colocou um jovem de dezoito anos (isso, DEZOITO ANOS) para apresentar seu telejornal matinal, o "Primeiro Impacto". O jovem em questão é Eduardo Camargo, que ficou conhecido por participar de um outro programa da emissora com um saco na cabeça. Alguns gostaram, outros criticaram...

Resultado de imagem para primeiro impactoEu não assisto o Primeiro Impacto até porque antes de ir pra faculdade ouço  notícias pelo rádio, mas numa tarde dessas resolvi parar pra ver a desenvoltura do tal garoto. Não deu cinco minutos e duas perguntas rondaram a minha cabeça: "A que ponto estamos chegando pra colocar um garoto apresentando um telejornal?" e pior, "O que estão fazendo com o jornalismo?". Talvez a segunda questão valha mais. Pensei e repensei sériamente em escrever este texto, mas o meu espírito de senso crítico prevaleceu. É impossível acreditar que, logo o SBT, comandado por Silvio Santos, apresentador que admiro não só como artista, bem como pela grande pessoa que todos nós sabemos que é, possa ter tomado uma decisão esdrúxula como esta. Melhor dizendo: uma atitude marginal, como relatou o repúdio publicado pelo Sindicato dos Jornalistas. E porquê é uma atitude marginal? Por dois motivos. Primeiro: a bancarrota da profissão se deu início há algum tempo, quando aboliu-se a obrigatoriedade de exigência do diploma de jornalismo, o que cedeu terreno para os amadores "fazerem a festa" na profissão. Segundo: o que faz o garoto não é apresentação, é imitação. Quinta-feira passada fiz um post chamando atenção para o "estilo de apresentação" que é literalmente forçada, uma imitação de Datena com o Luis Bacci que até respinga no próprio Silvio. Além de repetir exageradamente frases bem clichês e comentários vazios e redundantes. É verdade que, diante de tanto barrismo existente - no esportivo então tem muito - o jornalismo precisa de uma gigante renovação, mas não é desta maneira que se faz renovação. Não é colocando inexperientes que se faz jornalismo sério e responsável. Vamos mudar sim, mas com responsabilidade e complacência. Quanto ao garoto, que continue fazendo fofoca com o saco na cabeça.

O jornalismo profissional não é lugar para amadores.

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