Em Geral: Trofeú Imprensa, versão 2017

(por Carlos Alberto)

Resultado de imagem para troféu imprensa 2017Admito que venho escrevendo muito menos ultimamente, seja por motivos de faculdade, pela desgastante cobertura de carnaval no último mês - que ultrapassou os mil acessos por aqui - que me tomou completamente, culminando em três noites em claro e dez artigos por escrito, ou pela intensa preparação que fiz para o Carnaval Show, programa que assumi na Rádio Show do Esporte e que estreou sua nova fase há duas quartas-feiras. Mas, como ontem - dia em que o escriba completou vinte primaveras - aconteceu mais uma edição do Troféu Imprensa, o evento mais esperado da TV nacional, premiando os melhores em 2016. E este é um bom motivo para atualizar este espaço. Com as belas e douradas estatuetas definidas, algumas surpresas nas indicações (e no júri) e momentos históricos como o reencontro de Jô Soares e Silvio Santos, vamos aqui tentar desenvolver algumas linhas sobre mais um ano do Oscar tupiniquim.

- Primeiro Bloco: Vitórias justas e uma categoria dispensável para a TV aberta

Tradicionalmente, a categoria de Melhor Cantora abre os festejos. Desta vez, uma justa vitória de Anitta - corrigindo uma injustiça que durava dois anos, quando a "Poderosa" deveria ter levado a estatueta pra casa. Entretanto, é, digamos, inexplicável indicação de Joelma, que tem pouco mais de um ano de carreira e não foi isso tudo para ser lembrada - ela acabou levando o Troféu Internet. Pelo menos umas duas cantoras foram superiores a ex-Calypso.

A segunda categoria foi Programa Infantil, aquela que, particularmente, só é mantida para acumular troféus para a Família Abravanel. Venceu o óbvio: Bom Dia & Cia, apresentado por Silvia, filha de número dois. O matinal venceu o enlatado Mundo Disney (oi? de novo?) e  o Parque Patati Patatá - programa que veio dos canais fechados.

Fechando o primeiro bloco, a categoria de Programa Humoristico. Como esperado, venceu outra vez A Praça é Nossa, embora que a justíssima citação à Nova Geração da Escolinha poderia desbancar a atração de Carlos Alberto de Nóbrega. Agora, permitam que eu faça uma pergunta: onde é que tá escrito que o Pânico tem que concorrer todo ano, mesmo sem merecer? Tá no Ar e até mesmo o Encrenca, que estão anos-luz a frente do humoristico da Band jamais mereciam ficar de fora.

- Segundo Bloco: Sobrando...

O segundo bloco foi aberto com Melhor Apresentador ou Animador, mas como - outra vez - a votação foi fechada, deixaremos para o final. Sinceramente eu quero entender os indicados para melhor Novela. Totalmente Demais, a vencedora, sobrava e muito comparado a Terra Prometida e a "caseira" Carinha de Anjo. Passando aos programas de entrevista, vitória-homenagem ao Programa do Jô, que encerrou sua história faturando o seu primeiro Troféu Imprensa - os outros nove conquistados pelo apresentador foram pelo seu "Onze e Meia" no SBT.

Já na categoria de Melhor Ator, venceu Sérgio Guizé, que interpretou Candinho em "Êta Mundo Bom". Dos três indicados, de fato foi o melhor com sobras, a mesma coisa aconteceu em Programa Jornalistico, com mais uma vitória de Roberto Cabrini e seu Conexão Repórter - pra mim, o melhor programa da TV aberta.

- Terceiro Bloco: Revelação, Atriz e Jornal de TV

Bom, não tive criatividade para criar um título para o tópico do terceiro bloco, mas seguimos o artigo: A Revelação do Ano, com inteira justiça e coroando o grande sucesso que é, foi Marília Mendonça, derrotando as companheiras Maraia & Maraisa e a "carinha de anjo" Lorena Queiroz. Na categoria de Melhor Atriz, venceu Marina Ruy Barbosa, por sua boa atuação na também premiada Totalmente Demais - embora que uma vitória da Grazi também seria justa. E o Jornal Nacional, que estava no olho do furacão político no ano passado, venceu em sua especialidade pela décima terceira vez.

Quarto e último bloco: O único empate e... Cadê a novidade?

Na último bloco de votação aberta, ocorreu uma vez mais a costumeira "média" do júri com a filha do chefe, a elegendo como Melhor Apresentadora ou Animadora. E no apagar do júri, o único empate da edição: Wesley Safadão e Luan Santana, de trabalhos elogiáveis pela crítica especializada, dividiram a estatueta na categoria de Melhor Cantor, derrotando Tiago Iorc.

E o que estavam na caixinha preta?

As categorias de Melhor Programa de Auditório e Melhor Apresentador ou Animador novamente foram em votação por urna. E deu a lógica: Silvio Santos venceu nas duas categorias. Precisa dizer mais?

Alguns adendos...

Causou polêmica as "duras" públicas do patrão à jornalista Rachel Sheherazade e ao humorista Danilo Gentilli, por suas costumeiras críticas ferrenhas à partidos socialistas. Mas, a imagem do Troféu Imprensa é a de Carlos Alberto de Nóbrega ao ser perguntado sobre Dudu Camargo, isso após dizer que "é preciso dar chance aos jovens".



Fazendo o c'est fini: Hugo Gloss (cuja participação júri do Troféu Imprensa particularmente estranhei) fez menção ao Tá no Ar ter ficado fora (injustamente) da categoria de Programa Humorístico e a Domingos Montagner - morto no ano passado - ser indicado como Melhor Ator - a meu juízo, devia ser indicado em forma de homenagem.

Quanto à 2018, só o futuro dirá, porque dependendo da qualidade dos programas de TV aberta...

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