[Adaptação da sinopse de "Nos palcos da vida, uma vida no palco... Marília" enredo da Mocidade Alegre no carnaval de São Paulo em 2015]
No último sábado, a arte brasileira ficou de luto. Perdemos uma artista completa. Perdemos a atriz, a diretora, a cantora. Perdemos a diva dos palcos da vida. Perdemos Marília Pêra.
Marília. Nascida em uma família de artistas, onde todos já estavam a um passo da imortalidade. Embalada por acordes musicais e vozes possuídas pela glória de viver mil vidas, teve aos dezenove dias de existência a sua primeira oportunidade de subir ao palco de um teatro. Nas coxias, brincou com as musas da canção, da comédia, da tragédia, do bailado e da fama. Aos quatro anos já era uma atriz, com o texto e a marcação de cor, e envolta aos encantos dos grandes clássicos do teatro universal. Seu destino não poderia ser outro senão o mágico dom de representar... Ao nascer e crescer iluminada pelos deuses ganhara a missão de cantar e encantar para que, um dia, viesse a se tornar uma diva imortal.
Marília Pêra tornou-se grande dama das artes no Brasil por ter oferecido seu raro talento a todos os meios onde o dom de atuar se fez presente. Tão reluzente quanto seu brilho nos palcos dos teatros foi seu carisma nas telas do cinema e da televisão. Brilhou, com merecido destaque, em todas as searas por onde passou... Uma artista completa, versátil e carismática. Presenteou o público com deliciosas atuações, encantando e cantando obras imortalizadas por reluzentes estrelas da música. Passeou por canções eternizadas nas vozes de Chiquinha Gonzaga, Aracy de Almeida, Emilinha Borba, Dalva de Oliveira, Ângela Maria, Nara Leão, Nana Caymmi, Dona Ivone Lara, Clementina de Jesus, Clara Nunes, Elis Regina, entre outras.
Seu talento nato lhe rendeu grandes e cobiçadas premiações no Brasil e no mundo, oferecidos em reconhecimento pelo amor e dignidade com que sempre tratou sua arte, sua profissão. É o amor de quem nasceu, cresceu, amou e, enfim, viveu no palco. Um amor verdadeiro que foi percebido popularmente em todo o país, que aponta Marília como uma das mais queridas atrizes brasileiras.
Marília Pêra, que viveu tantas vidas em sua vida, agora será eternamente aplaudida de pé por todos nós, admiradores que tanto nos orgulhamos de sua arte. Cumprindo os desígnios dos deuses, tu és imortal. Diante da sua perda, vem a única coisa que nos resta dizer:
Bravo, Marília!
Marcadores
Seguidores
Total de visualizações
Tecnologia do Blogger.
Labels
Popular Posts
-
Enfim chegamos ao último texto (ou capitulo, como queiram) desta série. Contarei sobre as alegorias que estamparam as sete últimas capas dos...
-
(Por Carlos Alberto) Neide, ah Neide... Neide Aparecida, ou simplesmente Neidoca ou até Neide Apariçuda. Precisei de um tempinho pra e...
-
Hoje, dia 2 de abril de 2016, é uma "data histórica" para o futebol brasileiro. Não, nesta data não aconteceu nenhum jogo históric...
-
Era domingo, 8 de agosto de 2004, noite do Dia dos Pais , por volta das 22h30, o samba perdia uma das vozes mais empolgantes e alegres d...
-
Enfim tomei coragem para escrever sobre o Flamengo, clube que o editor tanto ama. Flamengo que anda muito mal das pernas no gramado, embora ...
-
E aí, Fiel, beleza? Não, não está beleza porcaria nenhuma. Perdemos o Clássico e está todo mundo desgraçado da cabeça. Teve falha, perd...
-
A SASEG retorna para desempoeirar mais um samba esquecido no tempo, seja ele bom, regular, ruim, mais ou menos... enfim, o que importa é rel...
-
Estamos de volta. Em clima do ápice da Copa do Mundo, a SASEG regressa para mais uma edição sempre com sua missão de desempoeirar mais um sa...
-
Nesta sexta-feira, 24, começa os desfiles da Série A, equivalente ao Grupo de Acesso do carnaval do Rio. 14 escolas lutam por uma vaga no Gr...
-
(por Carlos Alberto) Reproduzo aqui na coluna minha análise para os sambas da Série A do Rio de Janeiro para o carnaval 2018, originalment...
Nenhum comentário:
Postar um comentário