por Charlles Mendes
Em meu primeiro texto nessa coluna, que prestigiará semenalmente um samba que tenha marcado o carnaval, a vida deste que vos escreve, ou dos dois. Então, vamos começar com o samba responsável pelo meu amor por carnaval e por esse magnífico gênero chamado samba enredo;
"Orfeu - O Negro do Carnaval", samba da Unidos da Viradouro de 1998
Autoria de Gusttavo Clarão, Gilberto Gomes, Mocotó, P.C. Portugal e Dadinho
Gravado e conduzido com maestria por Dominguinhos do Estácio.
Na noite de 23 de fevereiro de 1998, um garoto de 4 anos, assistia os desfiles pela televisão e admirava aquele mundo de cores e fantasias. Admirava ainda mais e começava a criar um sentimento por uma escolha vermelho e branca de Niterói, que tinha o samba mais popular do ano e até agora, o de sua história. Obra que fora a mais incensada nas rádios no pré-carnaval. Até hoje é cantado em festas, blocos de carnaval e arquibancadas de futebol, graças ao seu poderosíssimo refrão:
"Hoje o amor está no ar
Vai conquistar seu coração
Tristeza não tem fim, felicidade sim
Sou Viradouro, sou paixão"
Conquistou e ainda conquista o coração de muitos... exceto os dos jurados que injustamente lhe tiraram muitos pontos.
Para contar o enredo em que Joãosinho Trinta inspirou-se no título do filme "Orfeu Negro" e transportou os personagens da mitologia grega pro Rio de Janeiro da época, Gusttavo Clarão e Cia comporam uma obra de letra caprichada que transparecia o enredo, melodia envolvente e rimas ricas.
A Viradouro não venceu, mas o o samba do negro orfeu teve um desempenho triunfal num desfile magistral.
UNIDOS DO VIRADOURO 1998
Enredo: Orfeu - O negro do Carnaval
Autores: Gilberto Gomes, R. Mocotó, Gustavo, P. C. Portugal e Dadinho
Intérprete: Dominguinhos do Estácio
Lá, onde a vida faz a prece
E o Sol brilhante desce para ouvir
Acordes geniais de um violão
É o reino de Orfeu, rei das cabrochas
Seduzidas pela sua inspiração
Eurídice, o verdadeiro amor
Do vencedor por aclamação geral
Da escola de samba do morro
Que vai decantar nos seus versos
A história do carnaval
É na magia do sonho que eu vou
Mitologia no samba, amor
Aí, o zumbido da fatalidade
Que atinge a cidade
Traz mais uma desilusão
Orfeu caiu no abismo da saudade
E voa para a eternidade
Levado pela ira da paixão
Tem no seu talento, reconhecimento
Num desfile magistral
O Grêmio do morro venceu
E o samba do negro Orfeu
Tem um retorno triunfal
Hoje o amor está no ar
Vai conquistar seu coração
"Tristeza não tem fim, felicidade sim"
Sou Viradouro sou paixão
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