Em Geral: Para onde vão os ouvintes da Nativa?

Depois de 15 anos, a sucursal fluminense da rádio Nativa FM, que pertencia ao grupo Diários Associados (que também comanda a Super Rádio Tupi) encerrou suas atividades na última terça-feira. O dono da finada emissora, Paulo Roberto Maia, não renovou a concessão, culminando no fim do "Amor do Rio" - como era chamada a rádio. A Nativa existia desde 1977, mas a partir de 2000 com essa denominação, começou nos 96,5 MHz, porém, com a ida da Tupi AM para este dial, migrou para 103,7MHz, substituindo a Antena 1, que veio a lhe suceder na terça. O fim da Nativa fecha o ano que foi difícil para o rádio carioca, que ainda teve as saídas de Manchete (AM) e Beat98 (FM) do dial. Daí surge a pergunta: para onde vão migrar os ouvintes da Nativa?

Para se ter uma ideia, a Nativa registrou em novembro 110 mil ouvintes por minuto, um número que acho bem considerável. Abaixo, apresentarei as prováveis opções que os órfãos da Nativa terão no dial carioca:

Super Rádio Tupi - por pertencer ao mesmo grupo que a Nativa fazia parte, desponta como grande favorita a acolher os então ouvintes do Amor do Rio. Com uma programação versátil mesclando jornalismo, entreterimento e esporte, a emissora mantém a fórmula que a levou a liderança há 12 anos. Atualmente, a Tupi lidera 18h por dia, chegando a dobrar com a jornada esportiva. Evidentemente, alguns programas da casa precisam de ajustes, mas ainda é de se considerar a principal opção para os ex-Nativa.

Rádio Globo - seguindo a vertente já descrita na Tupi, a tradicional Globo não vive boa fase, mas ainda contém nomes de peso como Antônio Carlos, Davi Rangel e Pe. Marcelo Rossi. Alguns programas da emissora do Russel têm sido criticados, o que acarreta a amargar o segundo lugar, entretanto, se atrair pelo menos 50% dos ouvintes da Nativa, pode-se considerar uma ameaça à liderança da Tupi.

BandNews FM - se o ex-ouvinte da Nativa prefere jornalismo, a opção é a BandNews. Criada em 2005, a rádio do Grupo Bandeirantes tem sua programação composta por jornais de 20 em 20 minutos, pontuados pela opinião dos âncoras e colunistas (entre eles, Ricardo Boechat) com as principais notícias do Brasil e do mundo, além de espaços para que cada uma das oito praças divulgue notícias locais. Boa opção.

CBN - Seguindo a linha jornalística, a CBN (pertencente ao Sistema Globo de Rádio) também é uma boa opção. Tem como principais âncoras Carlos Alberto Sardenberg, Milton Jung, Roberto Nonato, Carolina Morand e Tania Morales. A "rádio que toca notícia" lidera na maioria das praças onde tem emissora própria.

Musicais - o ex-ouvinte da Nativa optando por continuar na vertente musical, recomendo as principais rádios populares onde são tocados os mais diversos estilos. Temos FM O Dia e Rádio Mania na vertente de pagode, funk, pop e outros. Mix na vertente de pop. Rádio Cidade (rock), MPB Brasil (música nacional) entre outros. Ou se preferir, prosseguir nos 103,7 novamente ocupado pela Antena 1. A Transamérica, que mescla música eletrônica, música pop e esportes, também aparece na lista

Deixemos claro que o rádio está sendo prejudicado pela crise e por más administrações de emissoras, com uma força que chega a assustar. Passei ao leitor que até esta semana era ouvinte da agora saudosa Nativa opções para curtir rádio de qualidade. Agora, resta torcer para que os órfãos do Amor do Rio não migrem para rádios evangélicas [*], que cada vez mais se proliferam no dial carioca.


[*N.do.E. Não sou contra as rádios evangélicas, tampouco contra seus ouvintes. O que acho é que certas rádios desta vertente são desnecessárias, servido como um mero enfeite]

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