Olá Fiel Torcida
Me chamo Fernanda Jardim, sou de
Belém do Pará, sou estudante e, o mais importante, corinthiana. Não entendo
muito de tática, se fulano se encaixa melhor no sistema 4-4-2 ou 4-3-3,
tampouco entendo muito sobre escrever para um blog, mas entendo um pouco de
Corinthians e é isso que importa. Afinal, estou aqui nesse espaço gentilmente
cedido pelo amigo e agora chefe Carlos Alberto pra falar um pouco de
Corinthians (a zoeria da Copinha vai ter volta, pode esperar [1]).
Nós, corinthianos, entendemos que
esse amor supera barreiras geográficas, culturais, religiosas e qualquer que
seja, mas, se por ventura tem algum não-corinthiano lendo esse texto, deve
estar se perguntando que sentimento alguém tão distante de São Paulo pode
nutrir pelo Corinthians. Pois bem, vou tentar falar um pouco dessa ligação.
Eu achava os dias de domingo
super chatos, tediosos, até que um dia resolvi ligar a TV e estava passando
jogo, foi assim que começou meu interesse por futebol. Assim como naquele dia,
a maioria dos jogos televisionados eram dos cariocas então seria natural se eu
criasse afinidade por um time de lá. Seria se num desses domingos eu não visse
jogar Flamengo x Corinthians. Fomos derrotados pelo time que viria ser campão
em 2009, mas isso não impediu minha empatia imediata pelo time preto e branco.
A partir do momento que me assumi
corinthiana, zoeiras não faltaram dos colegas de colégio (aqui é forte reduto
de São Paulinos, Flamenguistas e Palmeirenses). As brincadeiras são aquelas que
todo corinthiano já conhece, Libertadores (parece que o jogo virou, não é
mesmo, queridinha?), rebaixamento, time de marginais e essas coisas. Pra contra
argumentar, fui tentar conhecer um pouco mais sobre a história do nosso amado
time e percebi que a única coisa que eu deveria sentir era orgulho. Rebaixado
sim, mas que subiu na bola e sem precisar de intervenções secundárias, sem
Libertadores sim (na época), mas com o orgulho de saber que nenhum título
jamais será mais importante que o motivo da nossa fundação, que a história do
nosso clube e de tantos ídolos. Corinthians nasceu por uma causa nobre. Desde
que aqueles operários se reuniram no Bom retiro, nossa história é cheia de
luta, dor, vitórias, sorrisos, choros e principalmente amor.
Minha ligação e meu amor se
firmaram mais ainda em 2012, não por causa das grandes conquistas, mas porque
naquele ano eu passava por uma situação difícil, a qual eu achava que não
poderia superar e cheguei a pensar no pior. O gol de Guerrero conta o Chelsea
foi o primeiro momento em muito tempo que eu sorri, que eu vibrei, que eu me
emocionei. Em meses, na verdade. E isso ninguém nunca vai poder tirar de mim.
Obrigada por ajudar a me salvar, Corinthians.
Pois bem, sem mais delongas,
assim como eu, hoje também é dia de estréia do Corinthians. Eu sei,
jogamos a Florida Cup, mas através do Paulista poderemos ter noção melhor de
como o time vai se comportar depois que a China resolveu que quer investir
pesado em futebol. Para quem esperava o pior, até que nossas atuações na terra
do Mickey não foram tão ruins assim, ao menos o time conseguiu manter um pouco
o padrão. Gente saindo, mas também chegando. Se dos 162.517 nomes especulados
por aí, chegarem mais um meia, um zagueiro e quem sabe um atacante com
qualidade, poderemos alçar vôos mais altos. Confio no trabalho da nossa
comissão, dos jogadores e, mais que tudo, na nossa força, na nossa magia de
fazer o impossível aos olhos de alguém de fora. Se eu não acreditasse, não
seria Corinthians. Além disso, se aqueles operários acreditaram que o futebol
também poderia ser um esporte feito pelo povo e para o povo, quem sou eu pra
duvidar que nosso Corinthians não é capaz de alguma coisa? Já provou que é.
Levou milhares a outro estado assim como levou ao outro lado do mundo, ficou 23
anos na fila e nossa torcida sempre esteve lá, não tinha casa própria, mas
sempre teve um dos maiores públicos. Perdão, público não, nossa torcida nunca
vai ser somente público. São coisas que leigos não podem entender.
Vai, Corinthians! E que lampião
ilumine nosso 2016!
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