2003
Antes de chegar na escola que de fato é nilopolitana, vamos começar por 2003, ano que tivemos uma gráfica totalmente rosa para registrar o belo e justo título da velha manga. A alegoria escolhida para estampar a capa foi "O Forte" que era a segunda da apresentação anterior da escola. Alegoria aliás, que foi bem escolhida, já que o abre-alas era todo em branco e não combinaria com a capa. Loterj e o Governo do Rio seguiram firmes e fortes no patrocínio. Infelizmente, foi a última vez que a Mangueira estampou a capa da bolacha digital.
2004
Num carnaval que contou com a reedição de quatro clássicos da folia de momo, dentre eles "Aquarela Brasileira", a bolacha digital de 2004 teve como capa "O Paraíso Terrestre: A Segunda Chance" terceira alegoria do (contestado) título da Beija-Flor. Os patrocínios continuaram os mesmos, Loterj e Governo do Rio - dessa vez com outro slogan: "Trabalhando cada vez mais" sendo que na prática não era bem assim. Na contracapa, está o consagrado casal Marquinhos e Giovanna, que na época defendiam a Mangueira.
2005
No ano do CD que carinhosamente apelido de "Ao vivo fake" dois patrocínios comuns foram trocados por um patrocínio de grife: saiu a dupla Loterj/Governo do Rio e entrou a Nestlé. Sobre a capa, o belíssimo abre alas da Beija-Flor (Ganância Espanhola) cujo destaque era Fabíola David - aliás, guarde esse nome. A única lamentação é a contracapa, onde o impactante e inesquecível carro do DNA foi ignorado. Voltando a falar do patrocínio, a Nestlé também patrocinou o enredo da Grande Rio, o que levou o então intérprete Wander Pires a citar a marca em pleno "Sem Censura" - programa de Leda Nagle.
2006
O disco que só é lembrado pela fantástica - isso para ser bem generoso - cadência imposta no samba da Porto da Pedra, teve como capa o abre-alas do desfile tri-campeão da Beija-Flor - Luz Menino, A Mensagem do Divino e o Reino de Herodes - com dois detalhes: o primeiro, o carro não foi mostrado completamente, tendo foco para a parte da frente da mesma, cuja destaque é... Fabíola David - você vai ler esse nome muitas vezes por aqui. O segundo, é que a foto provavelmente é do desfile oficial, já que a escola passou pela avenida por volta das sete da manhã muito devido ao atraso do trágico desfile da Portela. Na contracapa aparece o belo abre-alas da Tijuca, que tive oportunidade de ver de perto no desfile das campeãs de 2005. A Nestlé patrocinou o CD pela segunda e última vez, aliás, foi a última vez que o CD dos sambas-enredo do Rio recebeu patrocínios. Foi o último disco comercializado pela Sony/BMG, bem como o último com 14 escolas na elite. Ah, para a tristeza dos Nilopolitanos, a frase "Beija-Flor tricampeã" não apareceu na capa.
2007
Sem patrocínios, de gravadora nova (Universal) e com o intuito de reduzir para 12 escolas, o disco de 2007 trouxe na capa o abre-alas da Vila Isabel "O Esplendor do Império do Sol", alegoria aliás com um belo acabamento. Tenho duas lamentações deste, que foi o primeiro CD original que comprei de samba-enredo, a primeira foi não ouvir a voz de Jamelão, que devido a um AVC foi impedido de cantar pela sua verde e rosa. A segunda, que foi a última vez que Dominguinhos cantava pela Viradouro.
2008
Com a Liesa enfim alcançando sua meta de reduzir o Grupo Especial (o que prejudicou demais a elite ao meu ver) o CD de 2008 trouxe na capa o enorme beija-flor presente no abre-alas "O Supremo Dom Divino" onde o destaque era quem? quem? quem? ela mesma, Fabíola David... de resto, nada de novo, o estilo de gravação, só pra constar, era o mesmo adotado em 99. E por falar na dona Fabíola, se você começava a achar que estavam dando muito destaque a ela, mal imaginava que no ano seguinte a coisa viria a piorar...
2009
E foi o que aconteceu: Fabíola David foi o holofote principal da capa de 2009, como era de costume, foi destaque principal do abre-alas nilopolitano (Brilho de Fogo - O Rastro Iluminado) onde usava a fantasia "Brilho de Fogo Revela o Paraíso" - foto ao lado. A única coisa boa da Beija-Flor no CD foi o emocionante depoimento do Neguinho, que à época sofria de câncer que felizmente foi curado. Para não passar batido: foi a última vez que a bolacha digital foi gravada em estúdio. No mais, uma capa muito ruim e sem brilho, a coisa só não se repetiu em 2010 porque o Tambor bateu mais forte...
No último texto da série, vamos relembrar as capas entre 2010 e 2016, período que apelido de "Era Cidade do Samba".
Só de lembrar da capa de 2012 já dá calafrios... juro que se eu tivesse uma impressora A3 laser, refaria todas as capas!!
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