Sexta Dissonante: As letras mágicas de Peninha

Caríssimos, após um longo, tenebroso e belo hiato, a Sexta Dissonante está de volta. Para facilitar o cronograma deste escriba, a partir deste ano ela será esporádica sem tempo de pausa determinada. Explicação dada, "vamo" em frente. A volta da "Dissonante" seria uma boa hora para voltar a relembrar os artistas que fazem parte da trilha sonora de nossas vidas, coisa que não faço por aqui desde a estreia - já que os restantes, com exceção do Fábio Jr, foram ligados ao carnaval. Juntando a fome com a vontade de vencer (ô, trocadilho...) lembrei dia desses de um artista que particularmente queria muito escrever sobre. Então, nada do que aproveitar a oportunidade de abrir as cortinas para aquele que considero um dos maiores letristas do Brasil, junto de Altay Veloso, Paulo Cesar Feital, Carlos Colla e tantos outros.

Com vocês e para vocês, reabrindo as cortinas da Sexta Dissonante com suas letras mágicas... Peninha!

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Nascido Aroldo Alves Sobrinho em 17 de fevereiro de 1953, o filho de pais cearenses sempre viveu de música. Peninha gravou o primeiro compacto (Ultimamente) em 1972 pela antiga RCA, mas seu primeiro grande sucesso foi "Sonhos", do álbum que levava seu nome artístico, sendo incluído na trilha da telenovela "Sem Lenço, Sem Documento" (Globo, 1977/1978) e com milhares de cópias vendidas. A música é lembrada até hoje por diversas gerações que sequer eram nascidas na ocasião. Tem quem lembre da canção simplesmente pelos primeiros versos "Tudo era apenas uma brincadeira..."



Até a primeira metade da década de 90 foram mais oito discos gravados. Aliás, foi nesta época que Peninha se notabilizou pelas múltiplas composições de sucesso na voz de diversos artistas. Para se ter uma ideia, Peninha compôs, entre outras, "Nosso Sonho Não é Ilusão" (Só Pra Contrariar), "Que Dure Para Sempre" (João Paulo & Daniel e Negritude Junior), "Por Eu Ter Me Machucado" (José Augusto), "Só Com Você" (Raça Negra) e "Adoro Amar Você" (Daniel). Em 1997 lançou um disco inédito (até alguns anos eu tinha esse CD perdido aqui em casa), repleto de releituras de sucessos alinhando as batidas pop da época e composições inéditas - uma delas, "Vou levando a vida", esteve na trilha sonora da fracassada novela "Zazá". Após ter lançado "Me Agarre Forte" em 99, ao mesmo tempo que outra composição sua, "Sozinho" era sucesso nacional na voz de Caetano Veloso, Peninha lança, em 2001 o álbum "Coladinhos", que faz outras releituras de músicas de sua autoria, desde a faixa-título, gravada pelo Só Pra Contrariar dois anos antes, passando pelas famosas como "Alma Gêmea", "Sonhos", "Quando eu amo é assim" (gravada pelo mesmo SPC no ano anterior), "Sozinho", "Muda", passando por inéditas, dele ou de outros compositores como "Farol" e "Um Milhão de Fantasias" - que seria regravada por Daniel no ano seguinte. Particularmente acho o melhor disco dele.



Desde então, Peninha só lançou mais dois discos: um é "Sonhos e Sucessos" (2004), um compilado de regravações das já mencionadas composições famosas extraído dos seus álbuns. O outro, de 2012, é o lançamento em CD e DVD de sua participação no programa "Ensaio" da TV Cultura no ano anterior, onde canta composições gravadas por outros artistas. A última composição de sucesso até o fechamento deste texto foi "Quando você não está", gravada pelo Pixote em 2010. Atualmente ele continua rondando Brasil a fora com seus shows. Em 2016, o cantor e compositor fez uma participação no Domingão do Faustão, no quadro "Ding Dong". Vamos relembrar abaixo mais algumas composições do Peninha, cantadas por ele ou não. Aperta o play!
























Fecham-se as cortinas. Termina mais uma Sexta Dissonante! Foi bom pra você? Espero que tenha sido. Aproveite e fale qual artista você quer ver aqui na coluna. Até a próxima, leitores - não sei quando, mas a gente volta.

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