Agosto.

Popularmente conhecido como o "mês do desgosto, da bruxa solta" e por aí vai.



Quem é pessimista ou não possui simpatia alguma com o mês, garanto que sofreu um bocado. Porquê? este agosto de 2016 estava correndo na velocidade de um ano inteiro. Cheguei a pensar que acordaria em 2017 depois do dia 31. Tem até uma frase que diz "Para atravessar agosto é preciso antes de mais nada paciência e fé". Mas calma! Desta lentidão podemos extrair coisas boas, até porque "o mês que transcorreu na velocidade de um ano inteiro" foi bem agitado. Tão agitado que após eu ler uma reportagem sobre o tema, me veio a "brilhante ideia" de fazer este texto. Após uma rápida consulta, podemos constatar que deste "ano de agosto" aconteceu de tudo um pouco...

...e começando bem quente, com o que posso chamar de maior destruição de carreira dos últimos tempos. Biel, o queridinho das menininhas, viu sua carreira desmoronar após a descoberta de posts machistas, homofóbicos e ofensivos até a apresentadores. Como resposta, perdeu patrocínios, contrato com gravadora e o respeito de milhares de brasileiros. Encurralado, decidiu dar uma "pausa" na carreira, pausa que muitos querem que seja definitiva. Para coroar, faltou a primeira audiência judicial referente ao assédio contra uma repórter. Não deu tempo pra respirar, até porque quarenta e oito horas depois começara a tão sonhada Olimpíada na terra Brasilis, mas nós nos perguntávamos: o Brasil teria porte pra sediar uma Olimpíada com tantos problemas que tem? E o que aconteceu? Uma festa inesquecível. Os mitos de todos os esportes estavam entre nós: Bolt, Phelps, Biles... e teve de tudo: camisa com o nome de Neymar riscado, decepções, pira olímpica do povo, emoção, vibração, Ryan Lochte inventando assalto, o surgimento de Jady Bolt... ufa! No fim, valeu a pena, pudemos ver a história sendo escrita, pudemos ver a melhor campanha do Brasil na história, 19 medalhas, sendo 7 ouros - dentre eles, o inédito no futebol, e os emocionantes ouros de Thiago Braz, Alisson/Bruno e do vôlei masculino.



Mas foi a magia dos jogos acabarem para voltarmos ao Brasil real...

Aliás, não só o Brasil, o mundo real. A terra tremeu na Itália, 150 vidas perdidas. Por aqui, demos adeus a Elke Maravilha, Ivo Pitanguy, Goulart de Andrade e Gene Wilder, o primeiro Wily Wonka de "A Fantástica Fábrica de Chocolate". O país ainda foi pego de surpresa com o fim do casamento de William Bonner e Fátima Bernardes, um dos "casais 20" preferidos do telespectador. E por que não mencionar uma vitória pessoal? Meu ingresso na faculdade de jornalismo. Mas não teve carnaval? Claro que sim! Depois da maravilha de cenário que foi o encerramento da Olimpíada, terminando num lindo e emblemático desfile em pleno Maracanã, o primeiro samba-enredo para o carnaval de 2017 foi escolhido.. e que sambão! Em forma de diálogo. Se a Sossego mandou me chamar, eu vou!

Pra encerrar o "ano" de agosto, o dia 31 marca não só o primeiro aniversário dos amigos do programa Bar Apoteose, marcou também o longo, enjoado e cansativo julgamento que confirmou o impeachment em definitivo de Dilma Rousseff e, consequentemente, a posse de Michel Temer. Se o PT pagou pelos seus erros? sim. Que o Brasil está longe de estar seguro nas mãos do PMDB? não. Se foi golpe? a história dirá. E na calada da noite, o Flamengo joga a sua vida na Sul-Americana, enfrentando o Figueirense. Jogará pela sua torcida e em homenagem a um torcedor em especial: Alison, que morreu após passar mal na sua aula de educação física.

Agosto de 2016, esse ano foi muito louco... muito mesmo.