Na terça-feira (mundialmente conhecido também como ontem) estive no Sambódromo para acompanhar as fases classificatórias da competição individual no Tiro com Arco - masculino e feminino, que foram na mesma sessão, começaram na segunda e terminaram na quarta. Foi o único ingresso que comprei para acompanhar as Olimpíadas (isso se eu tiver ânimo e grana para comprar outro) e o Sambódromo foi escolhido a dedo muito por ser mais perto para mim em questão de mobilidade. Segui a orientação de sair bem cedo - apesar de sair dez minutos depois do previsto - pela questão das interdições no centro da cidade, apesar do trânsito estar fluindo tranquilamente. Me perdi na entrada sem saber que o acesso era apenas pelo portão do setores pares do Sambódromo. Para chegar no setor indicado no bilhete, teria que cruzar a toda a pista da Sapucaí - e disso, convenhamos, entendo muito bem. Caminhei um bocado até chegar ao portão do setor 10, e para ter acesso a parte interna, teria que passar pelo famoso detector de metais, que, para não apitar, fui orientado a retirar até mesmo o cinto (!) - muito bizarro, diga-se.

Bizarrices a parte, entrei. Tentando encontrar a entrada do meu setor, esbarrei com a bateria da Vila Isabel, que viria a se apresentar antes da competição. Com um voluntário, descobri que teria que me deslocar para o outro lado pois não dei conta que o setor 11 era o mesmo dos desfiles - achei que tinha invertido. Enfim, depois de mais uma procura achei o local para minha seção, era na arquibancada. Quando enfim cheguei, o Povo do Samba começava a sua apresentação,como tem acontecido nas outras instalações dos jogos, com as demais escolas - vídeo abaixo.



O público foi bem fraco, até porque o Tiro com Arco não é um esporte tão popular no Brasil. Deu até uma melhorada (ao menos no setor onde estava) por volta das 16 horas, conforme os confrontos considerados importantes aconteciam, os espectadores "davam no pé". Alguns competidores chegaram a ir na arquibancada - o egípcio Armed El-Nemr estava do meu lado - bem como algumas equipes de TV do Brasil e da China. Saí antes do último confronto, andei bem mais do que devia por erro estratégico... cheguei a Central, peguei meu ônibus e enfrentei dois engarrafamentos: um na Presidente Vargas e outro na descida da Ponte. Fora isso, tudo correu tranquilamente, não só em mobilidade, bem como nos outros setores. Ah, tem uma coisa que não entendi: o fato dos refletores estarem acessos sob um sol de três da tarde...


Esportivamente, os resultados não chegaram a ser surpreendentes. Rússia, Austrália, China e Estados Unidos, considerados os favoritos, venceram seus confrontos. O único brasileiro na disputa, Marcus Vinícius D'Almeida, perdeu para o americano Jake Kaminski por 6-2. A única surpresa (pelo menos para um total leigo no esporte como eu) foi a derrota do chinês Dapeng Wang para o venezuelano Elias Malave por 6-2. Registrei o confronto entre as compatriotas Ksenia Perova e Inna Stepanova, ambas da Rússia, válido pela segunda fase da disputa feminina - vídeo abaixo. Segue abaixo todos os resultados.



PRIMEIRA FASE - MASCULINO

Dapeng Wang (CHN) 2-6 Elias Malave (VEN)
Armed El-Nemr (EGI) 0-6 Taylor Worth (AUS)
Jake Kaminski (EUA) 6-2 Marcus Vinícius D'Almeida (BRA)
Ali Elghrari (LBA) 0-6 Brady Ellison (EUA)

SEGUNDA FASE - MASCULINO

Elias Malave (VEN) 4-6 Taylor Worth (AUS)
Jake Kaminski (EUA) 2-6 Brady Ellison (EUA)


PRIMEIRA FASE - FEMININO

Ksenia Perova (RUS) 6-4 Natalia Sanchez (COL)
Zahra Nemati (IRN) 2-6 Inna Stepanova (RUS)
Tuiana Dashidorzhieva (RUS) 7-3 Karma Karma (BRU)
Olga Senyuk (AZE) 1-7 Hui Cao (CHN)

SEGUNDA FASE - FEMININO

Ksenia Perova (RUS) 3-7 Inna Stepanova (RUS)
Tuiana Dashidorzhieva (RUS) 4-6 Hui Cao (CHN)

- As parciais podem ser vistas aqui

Valeu muito a experiência, deve ser o único evento que verei in loco nos Jogos. Se pingar mais uma verba, devo assistir a maratona, onde a chegada também será no Sambódromo. Abaixo disponibilizo outras imagens e o vídeo em que o escriba faz um balanço dos Jogos.