Rio 2016: Notas Olímpicas - O c'est fini

(por Carlos Alberto)

Aqui estamos uma vez mais. O lado bom é que outra vez falaremos de Olimpíadas. O lado ruim é que ela acabou. Aqui relato os últimos atos da melhor Olimpíada da história, e quem discordar é muito clubista. Que comece o c'est fini.



- Mas a Seleção Feminina estava indo tão bem... estava... no futebol, novo empate (desta vez com a Suécia) nova prorrogação, e nos pênaltis demos azar. Pior ainda, perdemos o bronze para o Canadá. Mas, acima de tudo, foi lindo de ver as meninas jogando. Que o espetáculo apresentado possa sensibilizar de vez nossos dirigentes a fim de fortalecer o esporte para que possamos conquistar o inédito ouro. Como a Marta disse: "Não desistam do futebol feminino, a gente precisa muito de vocês".

- Do campo para a quadra: as meninas do vôlei foram surpreendidas pela China (que terminou com o ouro) e acabaram sem o tri. Uma pena, pois mereceriam e muito essa medalha.



- E o Bolt, hein gente? Preciso dizer alguma coisa? Tá, eu faço questão: nove medalhas de ouro em nove oportunidades não é para qualquer um. Aliás, campeão dentro e fora das pistas, até porque se esbaldou na noite carioca...

- Extra-campo: que papelão do Ryan Loche! Inventou um assalto pra tentar manchar a imagem do Rio diante do mundo. Felizmente, deu errado. E teve que assumir a presepada que cometeu. E não deu outra: virou motivo de chacota.

- E das maravilhas do mar veio o maior medalhista do Brasil em uma olimpíada: Izaquias Queroz, com três medalhas na canoagem - duas pratas e um bronze. Na última, até que dava pra beliscar o ouro, mas a falta de fôlego se fez presente outra vez.



- Mais um espetáculo no Maracanã. Assim como na abertura, a cerimônia de encerramento foi um show a parte. Também, assinado por Rosa Magalhães não sairia coisa ruim. E como é de praxe no Rio de Janeiro, tudo acaba em carnaval...

- E quis os Deuses do Olímpo que o New Dream Team de basquete dos Estados Unidos conquistassem a última medalha de ouro dos jogos...



- Surpreendente a campanha da Grã-Bretanha nos jogos, faturando 67 medalhas (sendo 27 de ouro) provando que o legado esportivo de 2012 foi excelentemente sucedido, que o Brasil se espelhe e tente fazer ao menos metade do que os Britânicos fizeram no Rio.



- Falando no Brasil, nada impeça que eu dê os parabéns pela melhor campanha da história nos jogos: 19 medalhas, duas a mais de Londres, sendo 7 ouros, cinco a mais que Atenas. A meta do COB era chegar ao Top-10, mas estacionamos no 13° lugar. Não por incopetência, mas por azar. Se o futebol ou vôlei feminino e a Sarah Menezes tivessem ganho o ouro, no máximo estaríamos em oitavo. Mas, bola pra frente, e que possamos ser muito mais vitoriosos em Tóquio.

- Em relação ao texto anterior, tivemos 4 ouros (Vôlei de quadra e praia masculino, Vela e Boxe) 3 pratas (Vôlei de praia feminino e canoagem) e 2 bronzes (Taekwondo e canoagem).

- Vamos falar das mídias? Depois de ter ficado fora de Londres, a Rede Globo fez uma excepcional cobertura do evento, apesar de algumas gafes, a minha dúvida é qual será o destino do excelente time de comentaristas. A Band fez uma boa cobertura, no limite do que se esperava. Já a Record, que tem zero de tradição em transmissões olímpicas - só pegou a exclusividade de Londres e se aventurou nas Olimpíadas para tentar derrubar a Globo - fez uma cobertura no limite do tolerável, se não fosse o Lucas Pereira não sei o que seria. Aliás, a Record já abriu mão da transmissão dos Jogos de Tóquio, já que a maioria das transmissões serão de madrugada, no horário que é destinado a programação da Igreja Universal, dona do canal.

- Na TV fechada, destaco aqui a excepcional cobertura do SporTV, com seus 16 canais, aos quais zapeei três vezes, além de ter visto alguma coisa pela internet. Deixo aqui meus parabéns pela cobertura do canal através dos amigos Alex Cardoso e Fred Sabino.



- Ah, eu não esqueci do inédito ouro no futebol masculino, após um jogo digno de testar o torcedor mais cardíaco possível, só que isso vamos deixar para um próximo texto...

- E o quadro final de medalhas terminou com os Estados Unidos na frente, com 121 medalhas, sendo 46 de ouro. Em 2° terminou a Grã-Bretanha, com China em 3°, Rússia em 4°, Alemanha em 5° e o Japão em 6°. Os países que tiveram a honraria de ficar com a última colocação foram Áustria, Repúlica Dominicana, Estônia, Marrocos, Finlândia, Moldóvia, Nigéria, Portugal, Trinidad e Tobago e Emirados Árabes - todos estes com 1 bronze. O quadro completo pode ser visto aqui.



- Bom, infelizmente acabou. Sentiremos saudade de toda atimosfera olímpica na cidade maravilhosa, em principal a torcida brasileira. Que venham os Jogos Olímpicos de Tóquio - só não sei se os verei pela televisão ou in loco, já que começo minha faculdade de jornalismo essa semana.

- Isso é tudo, pessoal. Até a próxima olimpíada. E como diria João Saldanha: vida que segue...





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