Algumas Palavras: Homenagem dá Samba (e títulos)

2017 será o ano em que várias escolas enveredarão pelos caminhos da homenagem, pegando carona no título da Mangueira em 2016, onde a verde e rosa cantou a vida de Maria Bethânia. Biografias são comuns, hão várias em todos os anos, a diferença é que esse nicho está em maior evidência. Para o próximo carnaval, 5 escolas entre RJ e SP já confirmaram que terão uma biografia em seu enredo: Grande Rio, Estácio de Sá, Sossego, Alegria da Zona Sul e Tom Maior, que contarão a história de Ivete Sangalo, Gonzaguinha, Zezé Motta, Beth Carvalho e Elba Ramalho, respectivamente. Das 5, 4 terão um ícone feminino como astro principal do desfile. Este fato, que muito me agrada, é certamente graças ao sucesso do desfile da Estação Primeira e de seu ótimo samba.


Este belo negro que vos fala, se enche de alegria quando o carnaval nos brinda com personagens com bastante bagagem cultural e pouco conhecidos do grande público. Como foram recentemente as homenagens a João Carlos Martins feita pela Vai-Vai em 2011, num dos desfiles mais emocionantes da história do carnaval de SP. E à Romero Britto, que teve sua história contada pela Renascer de Jacarepaguá em 2012, no único desfile da escola no grupo especial do Rio de Janeiro. E desde que foram apresentados ao mundo, se tornaram figuras famosas no meio popular. João Carlos Martins foi convidado de diversos programas de televisão e foi assunto principal de uma edição do jornalístico "Profissão Repórter". Romero Britto teve e tem até hoje sua arte muito reverenciada, exposta em locais públicos pelo país e muito explorada comercialmente. Voltando ao título do texto, vamos falar sobre títulos, é o que importa ao brasileiro. Nesta segunda década do terceiro milênio, apenas em 2013, nenhuma escola dos 4 principais carnavais do país (Especial e Série A do Rio, Especial de SP e Especial de Porto Alegre) foi campeã com uma biografia.

- Em 2010, a Imperatriz Dona Leopoldina (escola de Porto Alegre) versou sobre a madrinha do samba Beth Carvalho, e na pegada do tantã, vibrou com o título de campeã.

- Em 2011 a música venceu... e duas vezes. O luxo deu lugar à simplicidade do Rei Roberto Carlos e a Beija Flor botou pra fora a felicidade de mais vencer mais uma disputa. E da emoção, o Vai-Vai resplandeceu, deixando feliz da vida a sua comunidade.

- 2012: A comunidade Tijucana cantou forte e na quarta-feira comemorou a coração de Luiz Gonzaga como rei do sertão pelas mãos de Paulo Barros na Unidos da Tijuca. Ainda em 2012, O rufar do tambor ecoou bem alto e a Mocidade alegre e guerreira deu inicio ao seu tricampeonato.

- 2014: O mar vermelho e branco da Imperadores do Samba encarnou os personagens de Luiz Fernando Veríssimo e foi campeã em Porto Alegre. Com impressionante ousadia, a Unidos da Tijuca provou que o seu lema era vencer e foi campeã mais uma vez, reverenciando o grande ídolo Ayrton Senna

- 2015: A Sacaracura bem mais feliz, fez o Vai-Vai sacudir o  Anhembi, cantando a vida da pimentinha Elis Regina.

- 2016: Novamente a Imperatriz Dona Leopoldina volta a ser campeã Porto Alegrense, novamente com uma homenagem, dessa vez num lindo enredo sobre João e Diogo Nogueira. E por fim, um dos sambas mais famosos do ano e um dos mais lembrados no pós carnaval. Um desfile histórico pelo fato da velha manga voltar a desfilar de forma graciosa e pela consagração do jovem talento Leandro Vieira, estreante no grupo especial, fizeram a Mangueira campeã do grupo especial carioca.





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