Em Geral: O Oscar da TV Brasileira - Versão 2016

No último domingo aconteceu aquele que considero o encerramento do ciclo de premiações referentes ao ano anterior, o prêmio que espero ansiosamente para assistir e não perco por nada, a minha premiação predileta, o nosso charmoso, querido e amado Troféu Imprensa. Foi a 55° edição do prêmio que desta vez e óbviamente contemplou os melhores da TV em 2015. Evidentemente o programa já estava gravado - no dia 17 - e devido a isso vem os famosos spoliers, o que procurei evitar ao máximo. Com a premiação já assistida e as estatuetas definidas e endereçadas, faço aqui em tópicos uma análise a risca de todos os premiados em quatro tópicos. Sigam-me os bons e vem comigo.

1) Cantora, Programa Infantil, Jornal de TV e Novela

Como manda a tradição, a primeira estatueta é destinada a melhor cantora. Desta vez, concorreram Anitta, Ivete Sangalo e Ludmilla. Venceu a Ivete. Não discordo, até porque Ivete já tem uma vitoriosa história no cenário musical, mas particularmente achava que seria da Anitta, por ter se destacado um pouquinho mais. Passamos a categoria de melhor programa infantil, que sinceramente, devia estar com os dias contados, já que quase nenhuma emissora produz programas assim. O Bom Dia & Cia, programa apresentado por uma das filhas de Silvio Santos, derrotou Cocoricó e Mundo Disney (Hã?) na disputa. Vitória esperada. Daí fomos para Jornal de Tv, que nos ofertou a primeira bizarrice da noite: a nova indicação do policial Cidade Alerta. É impressionante o esquecimento do Jornal da Band e Record nessa categoria, fora isso, uma vitória sem sustos do Jornal Nacional. Por fim (pelo menos neste tópico) a indicação da novela do ano. Quando todos (com exceção de uma colunista deste blog e um certo compositor) esperavam a vitória do grande sucesso do ano, Os Dez Mandamentos, veio a surpresa: Verdades Secretas venceu. A impactante novela que tocou em diversos assuntos polêmicos - assisti a apenas três capítulos e gostei - venceu o favorito. A ousadia venceu o Mar Vermelho.

2) Apresentadora, Programa Humorístico, Ator e Programa Jornalístico

O segundo bloco já apresentou de cara a maior bizarrice da noite. Patrícia Abravanel (outra filha do patrão) venceu o Troféu Imprensa ganhando da Eliana (!!!) que, sinceramente, é dez mil vezes melhor que ela. Como diria o amigo e colunista deste blog Bruno Malta: olha, francamente... mico a parte, vamos adiante. No programa humorístico, mais uma justa vitória da Praça é Nossa, mas a bizarrice não parou por aí: a Praça disputou com o Pânico (oi?) e Tapas e Beijos (como é?). Na categoria de Ator, tivemos a vitória de Guilherme Winter, que interpretou Moisés em "Os Dez Mandamentos", não foi bem uma surpresa até porque se esperava que ODM poderia abocanhar uma estatueta, mas é preciso enfatizar que Winter ganhou de gente grande, até porque vencer de Caio Castro e Alexandre Nero (por quem as mulheres suspiram de paixão atualmente) não é pra qualquer um, né? Por hora, passemos a Programa Jornalístico, com mais uma merecida vitória do Conexão Repórter, programa que costumo dizer que vale a pena ficar acordado até tarde para assistir, já que o nível de conteúdo é excelente, destaco aqui um programa feito com os imitadores.

3) Atriz, Programa de Entrevistas e Apresentador de Telejornal

Na escolha da melhor atriz venceu a eterna miss Paraná 2004 Grazi Massafera, que teve ótima desenvoltura em Verdades Secretas, segundo relatos - novamente lembrando, eu não vi a novela. No programa de entrevistas, a supreendente (para o editor) vitória do Programa do Jô (que est, quando esperava que a vitória ficasse entre Danilo Gentili e Marília Gabriela. Aliás, Marília faz muita falta na TV aberta! Que saudade da Rita Lee cantando "Lá vem ela, Marília Gabi Gabriela..." mas enfim. Na categoria de melhor apresentador de telejornal, uma vitória merecida de Ricardo Boechat, digno de deixar o Silas Malafaia desesperado, irado, transtornado e outros adjetivos que o leitor preferir...

4) Revelação, Apresentador, Cantor e Programa de Auditório

Para fechar a noite de gala, os quatro últimos prêmios, a começar pela Revelação do ano, que ficou com a atriz Camila Queiroz, que virou de tudo um pouco em Verdades Secretas - pode ser espírito de porco da minha parte, mas optava pela vitória do Wesley Safadão. Na escolha do apresentador, o inacreditável aconteceu: Celso Portiolli conseguiu impedir o heptacampeonato de Rodrigo Faro. E para a decepção dos internautas (inclusive o escriba) João Kleber acabou ficando fora da disputa. Na disputa de melhor cantor venceu Luan Santana, menos mal, pelo menos não foi o Roberto Carlos. Ao menos, foi surpreendente a indicação do cantor gospel Anderson Freire, conhecido pela canção Raridade. Por fim, a disputa de melhor programa de auditório, que teve uma votação diferente do habitual: todos os onze jurados votaram, mas através de uma urna. A vitória foi do programa de Silvio Santos. Alguma surpresa?

Considerações finais: No troféu internet, o qual considero o prêmio de consolação do imprensa, a concordância foi de 54% em relação a estatueta mais importante. As diferenças em relação ao prêmio principal foram em Novela (Os Dez Mandamentos), Apresentadora (Eliana), Ator (Alexandre Nero), Programa Jornalístico (Fantástico), Programa de Entrevistas (The Noite), Apresentador de Telejornal (Rachel Shehrazade), Revelação (Wesley Safadão) e Apresentador (Silvio Santos). Vale destacar a presença do autor Silvio de Abreu, que foi buscar o troféu imprensa pela novela Belíssima, simplesmente DEZ ANOS depois de vencer. É impressionante a ignorância que a Globo tem pelo prêmio a fim de liberar seus artistas quando bem entender. Por fim, na disputa particular, o SBT venceu a vênus por 6x5 com Record e Band levando um troféu cada.

Isso é tudo pessoal, e como diz o velho poeta: ano que vem tem mais.



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