Sexta Dissonante: Tem marchinha até o dia clarear!

Senhoras e senhores, caríssimos leitores: a Sexta Dissonante entra no clima do carnaval, e por isso, a edição de hoje vai falar do gênero da nossa música popular que foi predominante no carnaval dos brasileiros dos anos 20 aos anos 60, mas que, junto aos sambas-enredo, anida embalam os carnavais de tantas gerações.

Em clima de folia, a Sexta Dissonante anuncia e avisa que... Tem marchinha até o dia clarear!

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A primeira marcha foi a composição de 1899 de Chiquinha Gonzaga, intitulada "Ó Abre Alas", feita para o cordão carnavalesco Rosa de Ouro. Teve início então a história das marchinhas de carnaval, um estilo musical importado para o Brasil, descende diretamente das marchas populares portuguesas, partilhando com elas o compasso binário das marchas militares, embora mais acelerado, melodias simples e vivas, e letras picantes, cheias de duplo sentido. Marchas portuguesas faziam grande sucesso no Brasil até 1920.



Inicialmente calmas e bucólicas, a partir da segunda década do séc XX as marchinhas passaram a ter seu andamento acelerado, devido a influência da música comercial norte-americana da era jazz-bands, tendo como exemplo as marchinhas Eu vi e Zizinha, de 1926, ambas do pianista e compositor José Francisco de Freitas, o Freitinhas.

A marchinha destinada expressamente ao carnaval brasileiro passou a ser produzida com regularidade no Rio de Janeiro, a partir de composições de 1920 como Pois não de Eduardo Souto e João da Praia, Ai amor de Freire Júnior e Ó pé de anjo de Sinhô, e atingiu o apogeu com intérpretes como Carmen Miranda, Emilinha Borba, Almirante, Mário Reis, Dalva de Oliveira, Silvio Caldas, Jorge Veiga e Blecaute, que interpretavam, ao longo dos meados do século XX, as composições de João de Barro, o Braguinha e Alberto Ribeiro, Noel Rosa, Ary Barroso e Lamartine Babo. O último grande compositor de marchinha foi João Roberto Kelly.



Nos anos 80 algumas regravações chegaram a fazer sucesso, como Balancê, de João de Barro e Alberto Ribeiro – talvez a maior dupla de compositores de marchinhas - lançada por Gal Costa em 1980 e Sassaricando, de Luís Antônio, Jota Júnior e Oldemar Magalhães, gravada por Rita Lee para a trilha sonora da novela de mesmo nome; mas era muito pouco para um País que somente em 1952 produziu cerca de 400 músicas de carnaval, a maioria delas marchinhas alegres e divertidas




São tantas marchinhas inesquecíveis que não cabe num post, então vamos as principais. Solta o som!










E pra dar aquele chute nos fundinhos do politicamente correto...





Mas aqui tudo acaba em samba, certo?



Em clima de folia, terminamos mais uma Sexta Dissonante. Um excelente carnaval aos leitores, divirtam-se com responsabilidade e sigam a cobertura da folia aqui no ApoteÓtica. Até a próxima!

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