No último domingo mais um caso de intolerância e ódio chocou o mundo. Um surtado (é o mínimo que se pode dizer) invadiu uma casa noturna frequentada por gays em Orlando, nos Estados Unidos, sob porte de um fuzil AR-15 e uma pistola e abriu fogo contra seus frequentadores, causando 50 mortes. O atirador jurava lealdade ao Estado Islâmico e tinha ódio contra gays, conforme declarou seu pai. Este é o pior atentado a tiros da história americana. 50 vidas foram perdidas pela intolerância contra as diferenças. Cinquenta vidas. A primeira coisa que vem a mente é como explicar uma barbárie dessa proporção, como as pessoas tem a capacidade de provocar calamidades por não aceitar fatos que contrariam sua própria ideologia. Ao invés de tentar dar explicações mais detalhadas, farei diferente, deixo uma pergunta que serve como uma clara e objetiva reflexão sobre o assunto, não só isso, como também sobre a sombria discriminação que impera sobre a nossa sociedade através de duas palavras fáceis do leitor raciocinar: até quando?

Até quando as pessoas vão colocar fundamentos religiosos à frente de tudo?

Até quando as pessoas vão deixar de respeitar as outras por causa de diferenças?

Até quando as pessoas vão se preocupar mais com a sexualidade alheia do que se preocupar com o próprio nariz?

Até quando vamos ter que conviver com esse mal da discriminação?

Até quando a intolerância e o fácil acesso a armas de fogo vão fazer vítimas?

Até quando vamos exaltar próceres mundiais como Donald Trump, Bolsonaro, Malafaia, al-Baghdadi e outros que só pregam a intolerância contra o próximo?

ATÉ QUANDO?